Às vezes digo uma coisa que depois vejo que não é bem assim e acabo por fazer o contrário ou achar o contrário do que disse. Mas não quer dizer que seja mentirosa e muito menos falsa. Simplesmente abri os olhos e tentei ver essa tal coisa com os meus próprios olhos e não com os olhos das outras pessoas. Porque as pessoas têm o hábito e a mania de acreditar no que ouvem ou pensar que conhecem as pessoas pelo que ouvem dizer sobre elas. Porque para elas só por ouvirem falar e verem de longe pensam que sabem pelo que passamos e pensam que conhecem a nossa história. Mas não é assim. Com isto aprendi que não vou julgar ninguém sem conhecer a pessoa primeiro. Porque nem eu mesma sou assim. Aprendi que devo conhecer as pessoas por mim e não pelo que oiço! Acho estúpido julgar alguém pelo que as outras pessoas dizem. Apesar de já o ter feito e de me arrepender… Mas também se o fiz foi porque fui influenciada pelas palavras de outras pessoas. Não estou a querer dizer que fui obrigada, óbvio que não. Estou a querer dizer que nem pensei na realidade e fui “seguindo” o que ouvia. Mas eu própria sabia que não era bem assim. Não vou voltar a “conhecer” as pessoas pelo que me dizem mas pelo que vejo com os meus próprios olhos. É que, é verdade, as pessoas são o espelho das suas ações e atitudes, mas não quer dizer que não possam errar. Porque errar é humano. Mas também há erros que não se perdoam. E isso depende do erro e da pessoa que o cometeu. Mas acho que devemos dar uma oportunidade a essa pessoa, deixa-la falar, tentar perceber os seus motivos. Porque sempre ouvi dizer: “não critiques as minhas escolhas se não sabes os meus motivos”...
Inês Mendes
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